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"X contornou bloqueio no Brasil utilizando serviços que 'mascaram' o tráfego, afirmam provedores de internet"

  • rodrigojrsilva35
  • 18 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

Uma mudança no registro dos servidores do X permitiu a usuários brasileiros voltarem a ter acesso à rede social nesta quarta-feira, contrariando a ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Provedores de internet, responsáveis pelo bloqueio, dizem que a atualização na plataforma, na prática, dificulta a restrição.

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A rede social de Elon Musk passou a usar um serviço que funciona como uma espécie "escudo" para proteger seus servidores. De acordo com provedores de internet, uma das empresas contratadas para isso foi a Cloudflare, que também oferece o serviço para grandes empresas brasileiras, incluindo bancos.


Ao distribuir o tráfego do X por novas rotas, o serviço cria obstáculos para o bloqueio do acesso à rede social, mesmo com a ordem judicial, segundo a Associação Brasileira dos Provedores de Internet e Telecomunicações (ABRINT).


— O X passou a funcionar com um novo software, que não está mais usando os IPs da rede social, mas da Cloudflare. Não é uma coisa simples de bloquear. Eles fizeram uma modificação para tornar o bloqueio muito mais difícil — avalia Basílio Rodríguez Perez, conselheiro da ABRINT.


Desde que identificaram a mudança de rota no registro do X, as provedoras estão em contato com a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) para entender como fazer o bloqueio da rede, já que o IP (Protocolo de Internet) registrado passou a ser o da Cloudflare. O mecanismo usado pela companhia é chamado de proxy reverso (servidor intermediário), que costuma ser usado para aumentar a segurança de aplicativos e sites.


— Um proxy reverso, como o oferecido pela Cloudflare, funciona como um intermediário que gerencia o tráfego da Internet entre os usuários e o servidor de um site. Ele não só melhora a segurança e a velocidade do site, mas também permite mascarar o IP real do servidor, mostrando apenas o IP do proxy — explica Pedro Diógenes, diretor técnico para a América Latina na empresa de tecnologia CLM.


Ao usar um proxy reverso, como os oferecidos pela Cloudflare, o X conseguiu “mascarar” o IP real do servidor, diz Diógenes. Ele afirma que o serviço é usado de forma legítima, por grandes companhias, para proteger os servidores originais de ataques diretos.


— Em outras palavras, é como uma barreira invisível que protege a infraestrutura sem impactar a experiência dos usuários — acrescenta o especialista.

Integrantes do STF dizem que a liberação se deu por alguma "instabilidade no bloqueio da plataforma". A Corte ainda checa informações sobre postagens feitas por alguns internautas. A Anatel afirmou que está que está verificando os relatos de usuários, e que não houve mudança na decisão que suspendeu a rede social.


 
 
 

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